Estamos na fase final da edição 2010 do Projeto Natal Sustentável. Organizado pela Supervisão Geral de Abastecimento, este projeto visa promover a venda de árvores de natal, tuias, diretamente entre produtor e consumidor, proporcionando melhor renda a quem produz, incentivando seu trabalho e garantindo a permanência do agricultor nas áreas de mananciais, produzindo, assim, água para esta cidade.
Neste ano contamos com a venda direta em alguns espaços públicos de comercialização: Mercado Municipal de Pinheiros, Sacolão da João Moura, Mercado Municipal Paulistano e a feira da AAO, no Parque da Água Branca.
Além de uma novidade: a possibilidade da venda para as floriculturas dos mercados e sacolões municipais! Esta nova via de comercialização possibilitou não apenas um incremento de renda para os produtores, como uma possibilidade de comércio ao transcorrer do ano através de parcerias entre os comerciantes e os participantes do projeto, situação que se torna notória através do Marcos, responsável pelas Flores Dora do largo do Arouche, com o qual estamos trabalhando para viabilizar um projeto visando à diversificação da produção de plantas ornamentais e o estabelecimento de um novo canal direto de escoamento da produção, gerando renda ao produtor durante todo o ano e minimizando os impactos negativos dos atravessadores na região.
Na reta final do projeto, já podemos fazer um balanço de alguns resultados: em relação à edição do ano passado alguns produtores conseguiram expandir a renda oriunda das tuias em até 300%, como o produtor Wanderlei Amorim que pode ser destacado como um dos produtores mais engajados e proativos do projeto e que se mostrou muito contente com os resultados obtidos através de sua participação e nos deu o seguinte relato: “consegui até arrumar o meu carro e com isso vou conseguir fazer algumas entregas”, aumentando dessa maneira as suas possibilidades de renda.
Em relação aos resultados não tangíveis, notamos que as políticas públicas podem de fato amenizar as disparidades sociais e econômicas além da minimização dos impactos ambientais de Parelheiros e região. Mas, para que de fato isso aconteça, também é necessário que o produtor esteja engajado e prontificado a mudar, fato que também foi notado pelos produtores que perceberam que quanto maior o envolvimento e comprometimento para com o trabalho e meio ambiente melhor é o retorno financeiro e, consequentemente, a qualidade de vida.
Outro fator gratificante foi ver o contentamento do produtor que acreditou em uma idéia e notou que efetivamente é possível conciliar renda com uma produção sustentável, fato que se tornou notório nas vendas no Parque da Água Branca, onde os produtores tiveram contato com os consumidores que demonstraram grande aceitação em relação ao Selo de Indicação de Procedência Guarapiranga, impulsionando as vendas.
(Texto: Engenheiro Agrônomo Paulo Vinícius da Silva)
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